Ao atingir a segunda fase do campeonato, considera o objectivo da época alcançado ou espera mais?
Atingir esta segunda fase era o objectivo principal da época, foi o que foi delineado no início dos trabalhos.
Vamos deixar em aberto este “sonhar”! Porque sonhar pode envolver muitas coisas, por isso vamos deixar em aberto e fazer o nosso melhor possível, como temos feito até agora.
Desde o início que foi um objectivo, totalmente definido e assumido publicamente. Desde o primeiro treino que ficou definido que o objectivo era ficar nos quatro primeiros classificados.
Nunca se sentiu a jogar no fio da navalha, ou confiou sempre na sua equipa?
Como lhes costumo dizer, confio mais nelas, que elas... nelas próprias! Eu sempre confiei que íamos conseguir embora fosse complicado porque existem boas equipas neste campeonato. Existem cinco/seis equipas, bastante competitivas. Das seis, só quatro é que ficavam.
Houve a entrada de atletas vindas de outros clubes, atletas jovens e cheias de vontade de trabalhar o que permitiu uma evolução da equipa, fez evoluir o nível de treino e depois todo o grupo se mentalizou, que estavamos aqui para trabalhar e para cumprir um objectivo. Para cumprir esse objectivo era preciso fazer um trabalho árduo e duro e assim foi feito. Neste momento começam a aparecer alguns frutos das poucas sementes que semeamos.
Há trabalhos que se fazem no balneário que as pessoas na bancada nem sonham que são feitos. Você trabalha muito a esse nível, porque eu já o verifiquei. Acha fundamental esse trabalho psicológico?
Acho fundamental em qualquer equipa de competição. É importante a motivação do grupo e a forma de passar a mensagem é importantíssima. Há bastante trabalho de balneário. É um dos poucos segredos desta equipa, esse trabalho de balneário.
Sim sinto!
Como reagiram as atletas, mesmo sabendo que esse tralho já vem da época anterior?
As que vinham do ano passado já estavam habituadas, se calhar até houve um trabalho mais forte este ano, mas no seu todo a atleta reage muito bem e gosta bastante, sobretudo as mais novas. Há um ar de admiração porque nunca tinham visto igual mas reagem muito bem.
Esta afirmação é minha... o Boavista está muito mais forte depois da sua entrada. E o Paulo Pardalejo, também está mais forte como treinador?
Eu acho que mais forte ou mais fraco, depende de muita situação, não sei se o Boavista está mais forte, na minha perspectiva, porque temos que ver toda a envolvência do campeonato em si.
É mais treinador que quando chegou?
Sim, sim bastante mais!
MAIS TREINADOR!
Na última vez que falamos, confessou que era difícil (para si) trabalhar com mulheres, já superou esse problema?
Trabalhar com mulheres ou com homens é sempre difícil. Estamos a trabalhar com um grupo e num grupo de dezoito pessoas temos todos feitios diferentes, há sempre formas de ver as coisas diferentes, formas de estar diferentes, cabeças diferentes o que se torna complicado. É um desafio grande e continua a ser, mas bastante positivo.
OS PANTERAS E O SEU APOIO
Verifiquei que você tem uma ligação com os Panteras. Acha importante o apoio deles?
Tenho muito a agradecer aos Panteras – eu digo Panteras, porque não tenho a noção que quantos núcleos há e por isso não os distingo e chamo a todos Panteras - por isso quando me refiro a eles é mesmo a todos, os que nos acompanham aqui neste pavilhão e muitas vezes em jogos fora. Foram e são fundamentais para o trabalho que está a ser feito. Eu acredito que se eles nos apoiarem podemos ir longe, podem ser uma peça importante para completar o tal puzzle que estamos a construir.
Diga-me uma coisa, se um dia eles tivessem um comportamento fora do normal, você falava com eles?
Claro que falaria. Já tivemos situações quentes. Fomos muitos mal tratados principalmente no juventude Pacense, estavam lá meia dúzia de Panteras e eu já os defendi em todo o lado, não é por estarem lá meia dúzia de Panteras com faixas, que quiseram colocar as culpas neles. Eles não fizeram nada e nem tomaram a iniciativa de nada. Quando podiam intervir podiam fazê-lo “à moda do futebol” mas não! Não fizeram nada! Foram homens e não tenho dúvidas que nunca teremos problemas por causa deles.
A prova disso foi o jogo contra o Pacense no Pêro, toda a gente pensava que ia ser uma guerra no pavilhão e eles com a claque do Pacense ao lado e nem um insulto houve. Aqui se vê que os Panteras são úteis no apoio á equipa, eles estão incondicionalmente com a equipa.
Este apuramento vai aumentar as responsabilidades da equipa?
Vai, vai! Vai aumentar bastante porque neste momento temos três equipas fortíssimas que são a Lusófona, o Castelo e o Espinho ou Pacense, que vão aumentar o nível e exigência do jogo.
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