quinta-feira, 11 de maio de 2017

BEATRIZ NETO NA SUA PRIMEIRA ENTREVISTA





Beatriz Neto, é uma atleta da Ginástica Rítmica do Boavista à cerca de cinco anos, sempre no Clube. Entrevistamos a jovem quando se dirigia para mais um treino.


Como te chamas e que idade tens?

Chamo-me, Beatriz Neto e tenho onze anos, estudo na escola Garcia de Resende, no sexto ano.

Praticas ginástica há quantos anos?

Iniciei-me aos seis anos e por isso pratico há cinco.

Como nasceu o gosto pela ginástica e não outra modalidade?

Eu, na altura, queria ir para o Futebol, mas como ainda era muito nova para isso, o meu irmão falou-me de colegas que praticavam ginástica e eu acabei por me interessar e vim para a Rítmica.

Qual o teu escalão, na Rítmica?

Sou juvenil.

Nesse escalão já treinas todos os aparelhos?

Só ainda não fiz, Maças nem Fita. Os restantes aparelhos, fazemos quando actuamos nos conjuntos. Nós, na categoria Base, só fazemos dois aparelhos, enquanto na primeira divisão fazem três aparelhos e um livre.

Qual o teu aparelho favorito e qual o que gostas menos?

Sinto-me bem na Bola e menos bem nas Cordas.

A nível de resultados, quais os mais significativos?

Acima de tudo, os resultados que mais importantes, foram conseguidos nos conjuntos. Já tive um terceiro lugar nos nacionais de conjuntos, quando era infantil. A nível de Infantis, também em conjuntos, conquistei todos os títulos regionais, em que participei. Este ano, a nível individual fiquei em terceiro lugar nos distritais e no ano passado em oitavo, entre sessenta e duas ginastas.

Quem são as tuas treinadoras?

São a Teresa Morgado, a Amanda Batista e a Joana Delgado.

Preparada para a mudança que a alteração de escalão vai impor?

Confesso que não me sinto muito bem a pensar que terei que fazer Fita e Maças, porque me sinto menos á vontade.

Mas com treino tudo se consegue. Tens medo?

Não. Medo não tenho e concordo que com o treino até poderei vir a mudar de opinião. Vamos esperar.

O que significa para ti representar o Boavista, nas competições oficiais?

É sempre um grande orgulho, porque o Boavista costuma ficar sempre em bons lugares classificativos e seja eu, ou outra colega, a conseguir ficar bem classificada, quem fica sempre falado é o Boavista no seu conjunto de atletas.

A prática da ginástica impôs uma nova vivência com outras amigas e realidade. Achas que isso foi positivo?

Ajudou em muitas coisa, a começar pelo aspecto físico, pelo à vontade que adquiri e transportei para escola, conseguindo boas notas, porque socialmente, me fez crescer mais depressa. Obrigou-me a organizar as minhas coisas melhor e isso, também é positivo. O meu dia diminuiu e entre treinos e estudos, tive que aprender a organizar a minha actividade pessoal.

Mas esta actividade acaba por cansar…

Por vezes, vou para escola com algum sono, porque me levanto cedo e deito tarde, logo quando tenho mais tempo, tenho equilibrar esse descanso. Cansa, mas dá prazer e é essa a força que tenho para continuar sempre neste ritmo.

Com te vêem as colegas da escola?

Com alguma admiração. Por vezes, pedem para eu exectuar alguns movimentos e ficam admiradas por conseguir. Ainda, há uns dias, uma amiga daqui da ginástica que estuda comigo - a Inês - pediu-me para fazer um movimento em frente à turma dela e eu fiz bem, e os comentários foram muito bons.

Verifico que os teus sempre te acompanham. Esse facto não serve de pressão sobre ti?

Eu vejo, esse apoio, como uma ajuda que sempre em deram e dão. Não são um tipo de pais que me dizem faz assim, faz de outra forma, etc… quando vou para provas e olho para as bancadas tento evitar olhar para eles, para me acalmar um pouco, mas isso é culpa minha e não deles. Quero fazer melhor, para mim e sei que logicamente eles ficam orgulhosos com isso.

Tens pais orgulhosos em ti?

Penso que sim!

terça-feira, 2 de maio de 2017

MARIA ROSÁRIO (ROSARINHO) A GINASTA CAMPEÃ QUE COLOCA OS ESTUDOS EM PRIMEIRO PLANO

Maria Rosário Mariz, conhecida no meio da ginástica, como “Rosarinho”, sagrou-se Campeã Nacional de base, em Ginástica Rítmica, nos campeonatos disputado neste mês de Abril e terminou na quinta posição, nos nacionais da primeira divisão, na prova realizada no passado fim-de-semana.

Confessa, que os estudos são a primeira opção e caso contrário, poderia ser uma ginasta em constante luta pelos títulos.


Fazendo uma apresentação pessoal, quem é a Rosarinho?

Chamo-me, Maria Rosário Mariz, tenho dezasseis anos, estudo no décimo ano na Escola Clara de Resende e pratico ginástica Rítmica desde os oito anos, sempre no Boavista Futebol Clube.


Porque a opção pela ginástica?

Eu necessitava de praticar um desporto e experimentei o Ténis, aqui no Boavista. Confesso, que não gostei do Ténis e trouxeram-me para a experimentar na ginástica, aqui sim, gostei e como gostei… fiquei.


Pareces-me uma jovem decidida e frontal, por isso, vou colocar uma questão melindrosa e algo polémica. Tenho conhecimento, que a Rosarinho, está neste actual patamar, quando podia ser uma das melhores atletas nacionais, bastaria para isso…querer. Concordas?


Sim concordo. Eu sei que se me aplicasse totalmente na ginástica iria de certeza mais longe, mas vejo e vivo a ginástica, como um hobbies, um escape, levando isto, na desportiva.


Qual a razão?

Optei, em colocar os estudos em primeiro lugar. Primeiro (sempre) os estudos e só depois a ginástica. Conversei sobre isto com os meus pais, que foram da mesma opinião e assim, a escola passou a estar sempre em primeiro plano, sobre tudo o restante. Para ser uma ginasta de mais qualidade, teria que apostar mais na modalidade, abdicando de muita coisa e assim fiquei neste nível, embora seja uma apaixonada pela ginástica.


Qual os aparelhos que mais gostas e o que gostas menos?

O que gosto mais é “Bola”, onde me sinto bem e tenho mais experiência.  O que gosto menos é “Fita”. Sendo o mais bonito de se ver, é claramente, o mais complicado de se fazer, porque qualquer falha conta. ´+e um aparelho, ingrato e mais difícil.


Quantos treinos realizas por semana?

Cerca de quatro treinos. Supostamente três horas por dia. Como pôde ver, aproveitei as férias da Páscoa para treinar todos os dias.


Como é que uma jovem, abdica das férias?

A verdade foi essa, abdiquei das férias e de muitas coisas, como estar com as minhas amigas, para treinar aqui todas as manhãs, para conseguir melhores prestações nas provas que iria disputar.


E resultou! Porque não poderia ter sido melhor, dado que te sagraste Campeã Nacional de base. Com te sentiste como Campeã Nacional?

A prova correu bem, mas podia ter corrido ainda melhor.


Desculpa. Conquistas o título Nacional e dizes que ainda podia ser melhor. Como é possível tal afirmação?

Eu senti que não foi uma prova perfeita. Cá fora pode não se ver algumas falhas, mas eu senti-as e sei que as cometi. Foram pequenas, claro que foram, mas eu sei que tive, a nível corporal. Mas senti, também, que o título foi merecido, porque fui a melhor.


Já tinhas conseguido o título de Campeã distrital, juntas o Nacional de Base e és convidada- na condição de Campeã Nacional - para participares o campeonato nacional da primeira divisão. Nessa prova estiveste em excelente plano. Isso, prova que podias -  como já afirmamos - ter sido muito melhor ginasta,?

Exatamente. Gostei da minha prestação, que achei muito boa, terminando em quinto lugar da geral e se não fosse a prestação (menos boa) que tive nas “Maças” teria terminado em lugar de pódio.


Resume a tua prestação…

As minhas classificações foram:

Primeira classificada na, Bola

Segunda, na, Fita

Sétima no, Arco

Décima nas, Maças


Significa, que individualmente, foste a melhor ginasta dos campeonatos, em Bola e segunda na Fita. Como te sentiste?

Feliz pela prestação no aparelho que mais gosto, feliz por ter sido segunda no mais difícil e um pouco frustrada pela prestação nas Maças, onde deveria ter sido melhor, porque deixei cair duas vezes uma das Maças. Este aparelho, foi o último e eu estava demasiado cansada.

Foi acima de tudo, uma honra representar o Boavista na primeira divisão e foi um prazer ouvir as treinadoras dizerem que tenho capacidade para estar na primeira divisão. Foi positivo e fiquei feliz.


Com base em tudo o que conquistaste, como responderás a um convite das tuas treinadoras para passar para a equipa da primeira divisão?

Já pensei nisso, porque considero que me irão convidar, mas tudo terá a ver com os estudos, porque o próximo ano será um ano de exames. Teria que aliar tudo, ter boas notas e trabalhar em condições para merecer e estar na primeira divisão.


Vi os teus olhinhos felizes, quando conquistaste o título de base. Porque não, te dedicares por dois anos e saíres da competição como Campeã nacional da primeira divisão?

Obviamente, que estava feliz, ganhar é sempre bonito. No resto, depende. Se os treinos continuarem nesses horários até posso mesmo ponderar e apostar, mas os estudos sempre em primeiro.


Uma menina que chega aqui há oito anos atrás e agora jovem, como sente e o que representa ser atleta do Boavista?

Um orgulho. Reconheço o crescimento do Boavista como clube, para além do futebol. A nível de ginástica, embora as condições ainda não sejam as ideais, têm vindo a melhorar todos anos e a todos os níveis. Os resultados da ginástica têm vindo a melhorar, fruto do trabalho que se continua a fazer no Clube.


Sentes, então, os melhoramentos e benefícios na ginástica do Boavista?

Sim, as instalações estão sempre a melhorar, com o senhor Pina sempre  a trabalhar, a correr (rindo-se) e sempre atento.

Para o ano teremos a Rosarinho, Campeão da primeira divisão?

Ganhar é sempre bonito. Vou pensar nisso, agora deixo uma certeza, na base ou na primeira divisão, a Rosarinho será sempre uma apaixonada pela Rítmica e orgulhosa de pertencer ao Boavista.


Entrevista de 
Manuel Pina