Beatriz Alves, é uma atleta da equipa de Cadetes de Voleibol que atravessa uma fase de paralisação, derivado a uma lesão, com gravidade média. Mas mantêm a sua boa disposição e aposta na recuperação.
Vamos tentar conhecer um pouco da "Alves", mais conhecida por "mulher furacão".
Começo por perguntar, quem é a "Alves" das Cadetes?
Chamo-me Beatriz Alves, tenho dezasseis anos, estudo no Grande Colégio Universal e frequento o décimo ano.
Já tens objectivos a nível de estudos para o futuro?
Queria seguir medicina, porque o meu desejo é ser médica, mas ainda não está definido.
Como surgiu o voleibol na tua vida?
Comecei a jogar voleibol na praia, com os meus pais, mas, mais a sério e numa equipa, iniciei-me no Grande Colégio Universal, quando tinha nove anos a andava no quinto ano.
Quanto tempo, estiveste a jogar pelo Universal?
Durante, cerca de seis anos.
Como se dá a passagem do Universal para o Boavista?
Aconteceu que a nossa equipa acabou. Umas jogadoras foram para um lado, outras para outro. Fui convidada por alguns clubes, entre eles o Boavista e optei pelo Boavista.
Em que escalão entraste no Boavista?
No escalão de Cadetes e passei agora para as Juvenis.
Que diferenças, encontras entre a jogadora do Universal e a do Boavista?
Sinto que evolui muito, com os métodos e treinos do professor Simão. Para ser justa, acho que evolui bastante. Sinto que jogava razoavelmente, mas agora subi bastante de produção.
Porquê o voleibol e não outra modalidade?
Eu joguei ténis desde os dois anos, mas preferi uma modalidade colectiva, enquanto o ténis é individual. Prefiro uma modalidade em que possa apoiar e ser apoiada pelas minhas colegas e não uma em que ande sozinha.
O Carlos Simão, impôs no Boavista um ritmo de trabalho, que surpreendeu muita gente. Notaste alguma diferença do que estavas habituada?
Sim, notei bastante diferença. O facto de estar num clube, é logo, só por si, diferente, que estar num colégio. No clube os treinos são mais puxados. Temos mais espaço e com um treinador que acredita em nós, tudo se torna mais exigente.
O Carlos Simão é exigente?
Bastante. Mas isso é bom para nós, porque é assim que conseguimos evoluir.
Mas no princípio da época foi difícil?
Concordo que no início não foi fácil, porque não estávamos habituadas a tal intensidade. A equipa tinha acabado de se formar e com o treinador a esperar demais de nós. Foi difícil e até traumatizante.
Mas e actualmente?
Estamos habituadas, gostamos da forma como o professor trabalha e queremos que continue connosco.
Na Taça AVP, estais a jogar contra equipas de Juvenis, sendo vocês uma equipa de Cadetes. É difícil?
Nem por isso. Na prova em que estamos a jogar, as equipas, não são propriamente as mais fortes e não está a ser muito difícil para nós acompanhar essas equipas nos jogos.
Que esperas para o ano, da tua equipa de Juvenis?
Espero que tudo continue igual com o professor a puxar por nós e que por nossa parte, continuemos a evoluir. Espero que a equipa não se separe, não se parta e continuemos a trabalhar com entusiasmo.
Para uma jogadora de um Colégio, como sentes jogar com uma camisola de um clube como o Boavista?
O meu pai é do Boavista e para mim é um orgulho especial vestir esta camisola. É óptimo jogar no Boavista com esta equipa.
Como aconteceu essa lesão?
Comecei a sentir dores à cerca de cinco meses, quando treinava e essas dores foram-se intensificando. Fiz fisioterapia que aliviou, mas não resolveu o problema.
Fui chamada à selecção mas no segundo dia tive que vir embora, cheia de dores. Fui enviada ao hospital e descobriram que tenho uma lesão grave, que inclusive já acabou com a carreira a várias jogadoras. A lesão é no supre espinhoso e bícepe, com os tendões inflamados.
Esperançada em recuperar?
É isso que mais quero para voltar a treinar, junto da minha equipa.
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