domingo, 11 de julho de 2010

HENRIQUE SANTOS, SEM MEIAS PALAVRAS


Henrique Santos, treinador dos iniciados do andebol, é um homem consciente que os seus jovens atletas poderiam ter conseguido um pouco mais numa época de choque pelo nível competitivo encontrado.
Mostrou-se calmo como sempre e confiante no futuro, registando muito de positivo, nesta conversa no café da pantera, antes de mais um treino.
Foi uma viagem pelo passado e chegou a ter pontos de análise para o futuro e em alguns pontos pareceu uma lição técnica de andebol..

A ÉPOCA QUE TERMINOU
Vamos começar por um resumo do ano. O campeonato foi forte, ou os atletas eram jovens de mais?
O campeonato foi o que eu estava à espera. A verdade é que vendo os adversários que teríamos que defrontar, achava que tínhamos hipóteses de permanecer e descemos.
Nota-se uma mágoa. Falhou o quê?
Nem dá para explicar porque descer com os mesmos pontos da equipa que ficou é algo frustrante, complicado e muito mau. Tivemos um jogo muito difícil em Leiria e perdemos esse jogo. A partir daí tudo ficou muito complicado. Démos tudo, mas sabíamos que depois dessa derrota irmos, no último jogo, ganhar ao S. Bernardo era quase impossível.
Mas na globalidade, foi positivo?
Acabou por ser uma época como era esperado. Num campeonato exigente com uma equipa muito jovem, muito tenrinha, a defrontar equipas fortíssimas com ritmos “estúpidos” a jogar andebol, que pareciam coisas do outro mundo.
Muito difícil?
Sentimos muitas dificuldades na primeira fase, onde quase só somamos derrotas, tirando o Fafe. Na segunda e terceira fase, demos um ar da nossa raça, começamos a ver o que era a primeira divisão. Sabíamos que ia ser complicado, isso, sabíamos. Se me perguntarem se podíamos ter feito mais… acho que sim!
Ao fim e ao cabo, um empate conseguido num jogo qualquer teria salvado a época. Não lhe custa ver essa realidade?
O que custa foi ter perdido o lugar classificativo, com o D. Fuas Roupinho. Primeiro porque o D. Fuas não tem andebol para nós e ficou provado isso nos jogos que fizemos com eles.
Mas perderam lá, como explica?
Foi um dia mau. Começou com uma viagem muito complicado que aconteceu num dia de temporal desfeito. Chegamos com um grande atraso, depois o pavilhão para o jogo estava em obras e chovia no interior, tivemos que procurar outro pavilhão… saímos de lá já era noite e tudo isso nos veio a prejudicar. No jogo em nossa casa, vencemos com facilidade, porque somos claramente mais fortes.
Foi aí que perdeu o seu campeonato?
Não! Onde perdemos foi no 1º de Maio! Não esperava essa derrota, sem ela safávamo-nos.
Se o campeonato tivesse início agora seria diferente?
Sem dúvida alguma. Acabamos a prova com mais velocidade, mais ritmo competitivo, os jogadores já conseguiram encaixar as situações do próprio jogo, num um contra um, no ataque e contra ataque, que são situações que acontecem muito na primeira divisão. Neste aspecto, eles evoluíram muito e, são neste momento, muito melhor equipa.
Numa análise individual do treinador, houve surpresas?
Tive miúdos que evoluíram muito. Alguns mais do que eu esperava, outros ficaram aquém do que contava deles e me acabaram por desiludir. Eu sei a razão porque aconteceu.
Podemos saber, qual?
Tinha dois miúdos muito bons que vieram dos infantis, digo mesmo fantásticos. Mas quando só treinamos três vezes por semana e só se vem a um treino… não se consegue evoluir e essas duas grandes promessas acabaram por perder o lugar na equipa.
Mas porque não vinham aos reinos essas duas promessas?
Falo mais por um deles, que tinha seis negativas na escola, que no final acabou por passar de ano, muito à rasca e como é normal os pais começaram a cortar-lhe as pernas desportivamente falando, deixando-o vir a penas a um treino. O resultado foi que muitas vezes nem sequer era convocado, porque não o iria convocar em deferimento de outros que treinavam sempre. Mas pela positiva tive miúdos que me surpreenderam e estiveram muito bem dando muitas esperanças para o futuro.
O PRESENTE
A equipa vai sofrer muitas alterações por causa das idades?
Sobem quatro ou cinco jogadores para os juvenis, um deles que tem uma influência brutal, porque é um jogador fora de série, que é o caso do João. Não tenho dúvidas nenhumas que o João vai ser uma mais-valia na equipa de juvenis, onde vai ser muito importante. Mesmo com estas saídas, vamos ficar com uma equipa muito interessante e equilibrada, para disputar o campeonato nacional da segunda divisão.
O FUTURO
Candidata a subir?
Para mim, sem dúvida alguma… é para subir. Com três ou quatro jogadores que virão dos infantis com muita qualidade, estamos a falar do Diogo – que está na Selecção Nacional de Iniciados em rio Maior - estamos a falar do Paulo, do João e do próprio Bernardo que são excelentes atletas. São quatro miúdos que vão ser uma mais-valia na equipa de juvenis para o ano, estou certo disso.
Esta época será diferente, pelo menos o contacto com as vitórias será muito maior. Isso é positivo?
Para mim o objectivo é repetir o que fizemos há dois anos. Passar à fase final, estar nos seis melhores, entre cinquenta e duas equipas, como há dois anos estivemos na Régua. Esse é o primeiro objectivo que sei ser possível e pelo qual vamos lutar desde início da época.
Confiante?
Sim estou, mas claro que pode acontecer o aparecimento de um out-sider, como há dois anos aconteceu connosco e nem sermos apurados. Mas estou confiante no nosso apuramento. Acho que eles…ou nós! Eu ainda não sei se vou continuar…
Essa é uma pergunta que lhe quero colocar. Já me conhece e sabe que eu não durmo muito… por isso, tenho dúvidas se você vai continuar neste escalão. Já há algumas definições sobre isso?
Continuar no Boavista é uma das minhas prioridade, existem convites, não vou dizer que não. Há e o Santos (Director) sabe que há, como houve quatro ou cinco convites o ano passado. O ano passado com a grande época que fizemos, não falavam convites para os treinadores e jogadores.
Está difícil?
Eu disse ao Santos, que sinto-me bem aqui, sinto-me apoiado, tenho horários excelentes, estou perto de casa, não é o dinheiro que me vai fazer decidir, mesmo sabendo que é uma parte complicada. Só teria um poder de decisão se me oferecessem um valor que me dispensa-se de trabalhar (riu-se). Por isso, falei com o Santos e comuniquei-lhe que se o Boavista estiver descontente com o meu serviço eu saio, se estiver interessado na continuidade dos meus serviços, por mim estou pronto a continuar onde quiserem. Estou contente com as pessoas , sinto-me bem com todos, tenho cada vez mais uma certa afinidade com os pais dos jogadores, tudo isso conta muito e não era por aí que ia abandonar.
Sei que pode mudar de equipa… como vê também ando informado. É verdade?
Na realidade pode haver algumas alterações entre os treinadores do clube. Eu sinto-me bem nos iniciados, mas parece que quero que eu mude…
DE VOLTA AO PASSADO PESSOAL
Será uma novidade?
Não! Eu já treinei seniores no início da minha carreira! Eu tinha um guarda-redes com trinta e oito anos! Ainda ontem no andebol de praia o vi e ele nunca se esqueceu de mim. No início da carreira eu treinava guarda-redes, porque sentia vocação para esse cargo e tirei um curso nessa área, porque era nessa área que eu me revia. Depois debrucei-me pelos outros pontos. Por isso já treinei seniores. juvenis e juniores.
Então nem sempre foi um técnico de formação…
Eu estive dois anos nos seniores, foi uma excelente experiência nos seniores! Tínhamos um balneário fantástico e aprendei muito com os mais velhos que tínhamos lá. Falava com eles e trocávamos experiencias e ideias.
Em que clube?
No Lusitanos, numa excelente equipa baseada em miúdos que subiram dos juniores e ficamos em segundo lugar.
O PRESENTE … DE NOVO!
Voltemos um pouco atrás…
No andebol até aos juvenis consideramos formação, por exemplo no Futsal o escalão de juniores ainda é formação, no andebol não. No andebol a formação vai até aos juvenis.
Vamos exemplificar… Iniciados?
Os iniciados são um escalão que gosto de treinar porque para além de ter um campeonato com muitos jogos, é muito competitivo porque tem muitas equipas. É impensável outra modalidade onde o campeonato da segunda divisão ter cinquenta equipas.
Juvenis?
Os juvenis é o escalão que serve de passagem que fica no final da formação e no início da competição. Foi o escalão em que me iniciei quando cheguei ao Boavista, fomos vice-campeões nacionais e ganhamos a Taça da Associação do Porto, foi esta equipa que subiu esta última época à primeira divisão e será esta a equipa que eu posso voltar a treinar se acontecer a tal reestruturação que está em estudo. É um grupo muito forte e muito unido, que este ano, também por as dificuldades da primeira divisão e com alguns atletas mais desmotivados por jogar menos tempo, estará um pouco descrente mas que facilmente se levantra. Há sempre diferenças de trabalho, minhas do Franquelim, do Vítor porque cada um tem a sua forma e o seu método de trabalho.
Falemos da sua…
As minhas equipas são muito competitivas e têm que seguir as regras à risca, podem não jogar muito andebol, mas apresentam sempre um grande nível de competição. Antes de haver de uma equipa, tem que haver um grupo! Não pode haver uns a puxar para cada lado. Os juvenis é um escalão muito perigoso e difícil. Há os grupos dos que vão ao cinema, há o grupo dos que já bebem uns canecos, o grupo dos que já fumam, etc… isso vai provocar uma naturalmente formação de grupos, dentro da equipa.
Concordo com essa visão, até por experiencia do meu tempo de arbitragem…
Depois há os grupos dos que já saem à noite e pensam que já sabem tudo. Se conseguirmos unir todos estes grupos, não tenho dúvidas que faremos uma equipa muito competitiva e que no mínimo tem que ir á fase final do campeonato. Eu conheço bem aquela equipa, que com os atletas que vão entrar e que irão lutar pelo seu estatuto, penso que o João irá pegar nessa equipa. Não digo que pegue de estaca mas vai jogar muitas vezes.
Mas qual o escalão que prefere treinar?
Não sei qual a que prefiro. Já disse ao Santos isso mesmo, se uma delas estivesse na primeira divisão naturalmente escolheria essa. Estando ambas na segunda, eu penso assim; se for para os Juvenis fico contente porque vou para a equipa que conheço e que formei há dois anos. Se ficar nos iniciados, fico também contente, porque é um grupo que tomei conta no ano passado e que estão a evoluir e essa é a grande vantagem, que é estar presente na sua constante evolução.
PESSOAL
Durante um jogo, que lhe está a correr mal. Como actua você, como treinador ambicioso e competitivo, ou como técnico de formação que deixa o resultado para segundo plano?
Muito simples. Campeonato nacional da primeira divisão, é para ganhar, seja em que escalão for. Temos um emblema para defender e as pessoas têm que compreender. Vou dar-lhe um exemplo, eu tive um problema desse género quando cheguei ao Boavista.
Se tiver seis ou sete atletas que lhe oferecem mais garantias é nesses que aposta?
Exactamente, é nesses que aposto.
Voltemos ao exemplo…
Eu vim de um clube – Lusitanos – em que estive nos juvenis quando cheguei aqui peguei nos iniciados. Com esse grupo, fomos ao Ismai disputar um encontro que tínhamos que vencer, para ganhar uma Taça, era uma Taça regional, mas era uma Taça! Cheguei lá e coloquei em campo aqueles que considerava ser a melhor equipa. No final a mãe de dois atletas veio ter comigo e reclamou, dizendo-me que se soubesse que era para isso, não era preciso treinar durante a semana. Respondi-lhe que falaríamos depois do próximo treino porque naquela altura estávamos todos a pensar a quente. Antes desse treino fui falar com o director.
e perguntei. Santos, no Boavista estamos para vencer ou para rodar todos? Se for para rodar todos, não precisa de treinador, mete sete no inicio, outros sete na segunda parte e está perfeito. As pessoas têm que ver que a seguir aos iniciados estão os juvenis e nesse escalão tudo vai ser muito mais duro e, eles têm que saber que estar no banco é o mesmo que estar em jogo. Verem o que se passa lá dentro, ver como o adversário é mais forte no um para um, ver as dificuldades do adversário, ver qual o ponto mais fraco do adversário para sabermos como vamos actuar e aplicar as nossas jogadas. Não é criticar os que estão lá dentro e depois quando entram fazem igual e cometem os mesmos erros. Estar no banco é o mesmo que estar a jogar, para sermos mais competitivos.
Eles reagem positivamente?
Passaram dois casos este nítidos, nítidos, que ninguém consegue explicar e deixou tudo de boca aberta. É caso do Costa que é um jogador fabuloso que perdeu o lugar para o Queijinho, que é aquele jogador pequenino, gordinho por quem ninguém dava nada e o queijinho foi titular fez seis golos ao ABC, marcou sete ao S Bernardo e acabou uma época em beleza, teve uma evolução estúpida é um jogador rematador. Aquele molenga do inicio da época é agora dos que mais trabalha e isso porquê? Porque viu que só com trabalho se consegue evoluir. Quando estavam no banco estava concentrado, quando entrava no jogo cumpria e as coisas acabaram por acontecer. Agora, se me vão dizer que é para rodar todos… se der para rodar sou o primeiro, mas também sou um treinador muito conservador. Trocar é só quando eu estiver a ganhar por doze e sei que vou ganhar por vinte, como aconteceu o ano passado quando ganhamos por cinquenta e dois em que ao intervalo mudei a equipa toda e nunca mais os meti. Estar por estar eu não estou! Para rodar então vamos para o regional e não nos importamos com os resultados. No nacional é para ganhar sempre! Num nacional para um clube como o Boavista – que pode estar a passar dificuldades, como está, mas é um emblema que tem que ser honrado. Nós naõ podemos levar cinquenta, depois toda a gente iria falar nisso. O Boavista levar cinquenta, não é a mesma coisa que o Padroense levar cinquenta.
A REALIDADE
Falando das dificuldades e falta de condições – que nem muitos boavisteiros conhecem – que vocês têm, falta de subsídios, poucos tempos de treinos, etc… o que faz um treinador continuar no Boavista? Porque é que continua no Boavista?
Falar do Boavista, é falar a mesma linguagem de um Porto, de um Benfica, de um Sporting. O Boavista é um emblema nacional. Repare eu trocar o Boavista pelo Padroense, pelo Cal, pelo Lusitanos - que foi o clube de onde vim e sei que me acolhiam de certeza - não tem cabimento algum. Olhe, o ano passado tive um convite do FC Porto e não aceitei. E não aceitei depois de estudar o projecto porque ele fizeram-me uma oferta material baseado em saberem que eu nada recebo no Boavista. Fizeram uma proposta de mais cinquenta euros daquilo que acordei com o Boavista – porque pensaram que eu não recebendo aqui iria aceitar. Não gostei e recusei. Eu não troco o Boavista por este ou aquele, como já lhe disse.
Porquê?
Estar no Boavista é estar num clube histórico, num clube centenário. Sou sincero quando vim para cá o Boavista não me dizia nada! Sou Leixonense, tenho uma costela do Benfica, por isso o Boavista para mim era mais um clube. Mas isto é como tudo, vim para cá aprendi a gostar do Boavista, se calhar era o primeiro a pedir ao Santos para me arranjar um convite para vir ao futebol ver o Boavista. Isto é que fez ficar por aqui. Repare nós chegamos ao fim da época, ou à Pascoa e o Boavista é convidado para estar em inúmeros torneios. E algumas só pelo nosso nome. Quer um exemplo o Samora Correia que convidam sempre as melhores equipas do país e convidam sempre o Boavista. Fomos recebidos como heróis, fomos dormir para uma Residencial de quatro estrelas sem pagarmos um tostão e ainda nos transportaram num autocarro para a Nazaré onde teríamos que estar noutro torneio. É por isso que um homem fica por aqui. O Boavista é um emblema.

E tem mais! Vencer pelo Boavista tem mais valor, porque toda a gente quer ganhar ao Boavista. Dou um exemplo, quando fomos jogar a Lamego o pavilhão estava completamente cheio, mas cheio mesmo. Perguntei se era sempre assim ter um pavilhão cheio num jogo de iniciados, responderam-me que não. Estava cheio porque era o Boavista que ia jogar e só está assim cheio quando jogamos nós ou o Porto. Isso alegrou-me encheu-me o ego ver um pavilhão cheio, cheio, cheio para ver os iniciados do Boavista.
Fica para sempre…
Não será assim, se tiver que deixar, deixo mas não será fácil, até porque à frente de tudo temos o senhor António Santos que tudo faz para nada nos faltar e para isto continuar. Nunca deixaria por deixar. Isso não o faço!
Eu que tenho algum contacto convosco noto a vossa união…
É verdade e tem que ser e existir uma colaboração total entre todos treinadores, seccionistas. E se não fosse assim não íamos a lado nenhum. Todos nós colaboramos para que nada falte, se não posso ir eu vai outro, mas vai sempre alguém. Todos os treinadores são fantásticos, temos gente com muito valor. O caso do Carmo, que começou a dar os primeiros passos como treinador mas que está aqui há muito tempo, sabe como se faz e desfaz e é uma mais-valia para o Boavista. Ele organiza o andebol de praia, ele procura torneios, ele joga e treina… ou fim e ao cabo é um organizador de toda a formação.
Falta então resolver os pequenos pormenores com o Director para a continuidade?
Exactamente, o Santos deu-me o toque para treinar os juvenis. Não lhe disse nem que sim nem que não, disse-lhe que via com bom grado. Sinto-me que me querem nos juvenis porque me vêem como mais um treinador de competição que de formação. Se assim que querem… vamos a isso!

Um comentário:

  1. Boa tarde.

    Todos podem e devem ter as suas ideias. Um treinador, como chefe principal de uma equipa, tem um perspectiva muito própria e próxima.
    Por vezes acontece como na fotografia: quanto mais perto menor é a perspectiva global.
    Se tinha (e teve) jogadores acima da média (para não dizer bons) tambem é certo que não passavam de jovens de 12, 13 ou 14 anos. Não se pode, no ponto de vista formativo, colocar uma equipa às costa de um ou 2 jogadores. Se é verdade que um deles sobe para o ultimo nivel dos escalões de formação (juvenis) o outro continuará nos iniciados. Vai ser esse e a nova "coqueluche" que vem dos infantis que vão jogar sozinhos? Não creio. Nos escalões de formação deve-se formar e não tão só estar à espera de vitórias. Tambem se aprende com elas. Eu não gosto de perder (como se costuma dizer, nem mesmo a feijões), mas consigo "encaixar" derrotas se forem derrotas da equipa e não dos poucos eleitos do treinador. Quando se convoca uma equipa e se a coloca em campo, todos os elementos têm de ser iguais e não ter por principio que 2 jogam os outros são para fazer numero.
    Quem treina para formação pode treinar para competir, mas quem treina para competir não treina para formar.

    Haja a consciencia de pesar as diferenças. Tal como foi dito, nem todos os treinadores têm a mesma filosofia. Se há uns que melhor se adaptam à formação há outros que não.

    A exigência que se pode colocar a um jovem de 17 não pode ser a mesma a um de 13.

    Lamento comentar este post tão tarde e já sabendo qual foi a colocação de treinadores no andebol do BFC. Mas acho que seria de se aproveitar para melhor "encaixar" os treinadores. Treinar um escalão tem sempre em mente os atletas de outros, talvez seja o mesmo que casar com uma alternativa à pessoa que realmente se ama.

    Paciência. Quando não há meios (leia-se "guita", "pilim", "massa", etc) tambem não há vicios nem luxos. Usa-se o que se tem.

    O Amargurado

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