domingo, 29 de janeiro de 2017

SARA AMORIM, A ENTREVISTA COM UMA GINASTA DE CONVICÇÕES

 " O Boavista, mais do que ser o meu Clube, passou a ser também uma parte da mim"
Sara Amorim, atleta da Ginástica Rítmica do Boavista F.C. sagrou-se Campeã Nacional em 2016. Com quinze anos de idade, esta simpática jovem defende as cores axadrezadas há onze anos consecutivos.
Quem é Sara Amorim?
Tenho quinze anos, estudo no Colégio Inglês do Porto e frequento o décimo ano de escolaridade.

Quando te iniciaste na ginástica?
Comecei no PlayGym do Boavista quando tinha quatro anos e passei para a Ginástica Rítmica com cinco anos. Desde o início que estou no Boavista. Por isso estou no Clube há cerca de onze anos.
 
Ter quinze anos de idade e onze de Boavista, o que isso representa isso para ti?
Tenho muito orgulho nesse facto. Habituei-me a esta realidade e o Boavista, mais do que ser o meu Clube, passou a ser também uma parte da mim.

Claro que com quatro anos a opção de ingressares na ginástica não foi tua, mas como se processou?
Foi a minha mãe que me inscreveu no PlayGym quando tinha quatro anos e eu logo gostei de fazer “rodas e pinos” e outro tipo de acrobacias. Fiquei e depois quando abriu a classe da Ginástica Rítmica a minha mãe inscreveu-me.
 
Uma pergunta difícil…quais os aparelhos que mais gostas e os que menos gostas?
O que gosto mais é o Arco, porque é um aparelho limpo. Se acertar… acertou, se falhar…falhou. O que gosto menos é a Fita, porque nos embrulhamos muitas vezes e é difícil de a manter seis metros fora do chão durante minuto e meio.
 
Quanto tempo treinas semanalmente?
Treino quatro dias por semana, duas horas e meia cada dia.
 
Quem são as tuas Treinadoras?
São as Professoras Teresa Morgado, Amanda Batista e Joana Delgado.
Vamos falar de títulos pessoais. Em 2016 conquistaste o título nacional em que aparelhos?
Fui Campeã Nacional de Ginástica Rítmica, no “Geral”, em Bola e em “Fita”.
 
Afinal não gostas de “Fita” e foste Campeã. Como é?
Como disse a “Fita” é muito problemática pelo que lhe referi atrás, mas aplico-me sempre com o mesmo gosto que nos outros aparelhos. Só que o erro é mais fácil acontecer.
 
Que outros títulos tens?
Ganhei em 2014 o Campeonato Nacional da 2ª divisão como juvenil. Ganhei em “Bola” e no “Geral” e fiquei em segundo em “Corda”.
 


Como te sentes no início de uma prova, quando se sabe que na Ginástica Rítmica um só erro pode comprometer toda uma prova. Ansiosa, nervosa, pressionada?
Sente-se sempre um nervosismo inicial. Ao entrar numa prova já sei que isso me vai acontecer, e por esse facto tento controlar o melhor possível os nervos e “entrar” bem na prova. Umas vezes controlo melhor e outras nem por isso. Basicamente, enquanto estou lá dentro é só pensar no que tenho que fazer: se é para lançar o braço, se é para ter o braço aqui, ou mais á frente... São pequenos detalhes que valem muito e é nisso que tenho que me concentrar.
 
Continuas na Ginástica por mera contiguidade ou por gosto?
Com todo o gosto e prazer, nunca por continuidade ou obrigação.
Quinze anos de idade, onze de ginástica. Juntando os estudos, como se processa o teu dia-a-dia?
Esgota-me bastante o meu tempo no dia-a-dia, mas tento conciliar. Vou para a escola todos os dias. Saio às 16h15, venho para casa e faço o que posso dos estudos e depois venho para o treino. Vou dormir cedo para tentar aguentar mais um dia exaustivo no dia seguinte.
  
Quem é mais prejudicada. A escola pela ginástica ou o oposto?
Nenhuma. Ambos têm a sua função. Ponho os estudos à frente de tudo o que posso, mas tento conciliar sempre com a ginástica e até agora considero que tenho feito uma boa conciliação.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

BOXE - "RICA" EXPLICA A LESÃO QUE O IMPEDIU DE ESTAR PRESENTE NA FINAL NACIONAL DE CONSAGRADOS

O VITÓRIA E O BOAVISTA, SÃO DOIS CLUBES INDEPENDENTES E DIFERENTES DE TODOS OS OUTROS, QUE SE REVÊEM ENTRE SI.
 
Ricardo Gonçalves, foi um dos ausentes da final do Campeonato Nacional de Consagrados. Essa ausência, ficou a dever-se a ter contraído uma lesão no joelho na semana anterior à competição.


Encontramos um homem consciente, da consequência que teve a sua falta no combate, mas igualmente consciente, que as lesões acontecem e são sempre más, em todas as alturas.
Comecemos com uma informação da minha parte para si. Sabe que a sua anterior entrevista, bateu todos os recordes de visualizações, atingindo as dez mil?
Fico contente por saber isso e já vou embora mais satisfeito.
Repito o pedido, para se identificar, para os nossos leitores que não leram a anterior entrevista. Quem o pugilista Ricardo?
Chamo-me Ricardo Gonçalves, conhecido por “Rica” e combate em 91 kg. Estou no Boavista há cerca de seis anos e sou natural de Guimarães, sou o tal Vimaranense/Boavisteiro.

Continuemos por aí. Como surge um Vimaranense no Bessa?
Eu pratiquei a modalidade de MMA, porque em Guimarães não existia clube para praticar boxe. A fama da escola de Boxe do Boavista existe a nível nacional, como sendo a melhor e por isso, vim com um amigo ao Boavista e fiquei.
A fama é correspondida?
Sem dúvida que sim. A Escola do Boavista é fantástica e sem dúvida a melhor de todas. Competência, amizade e rigor.
Quantos títulos conquistou na sua carreira?
Já conquistei cinco regionais e três Nacionais.
Vamos entrar na fase menos agradável. Este ano, não esteve presente no seu combate da final, perdendo oportunidade de mais uma conquista. A que ficou a dever-se essa ausência?
Agora posso catalogar como uma brincadeira que deu para o torto. Eu tinha já ganho o título regional deste ano. Estava bem preparado para a final nacional, mas para manter o peso, continuei a actividade durante a semana. 
Num desses dias, convidaram-me para ir jogar futebol e eu, mantendo a ideia que iria manter o peso, em má hora, aceitei ir jogar. E durante o jogo, sofri um estiramento no joelho, que me arrumou definitivamente do combate.
Sentiu a frustração de não poder ir?
Pessoalmente senti, mas o que mais me custou foi pelo Senhor Caldas, que vive intensamente isto e bem sei que lhe doeu um bocado e por todo o grupo, porque sei que aqui, só se luta para ser campeão. 
A equipa do Boavista ficou reduzida correndo riscos de não conquistar o título, por minha causa. Essa frustração foi superior, à que senti individualmente.
Na realidade, isso aconteceu. O Boavista não conquistou o título. Como se sentiu?
Lamento, mais que ninguém, mas tudo fiz na boa fé e correu mal. Na próxima época não correrei riscos deste tipo.
A ultima entrevista, como já referi, bateu recordes. Coloquei o título de um Vimaranense no Boavista. Como explica, o Rica, que só esse facto elevasse tanto as audiências no Bessa e em Guimarães. Qual a razão?
Primeiro deixa-me orgulhoso. Depois entendo que esse facto provoque um bocadinho de curiosidade. Existe, sempre, uma ideia sobre a rivalidade entre estes dois grandes clubes. 
Eu que estou nos dois, sei que ao contrário do que se pensa, os Vitorianos admiram muito a gente do Boavista Futebol Clube e vice-versa. 
E porque? 
Porque são dois clubes, que não pertencendo aos três (chamados) grandes, têm uma identidade própria e independente. Têm umas massas associativas muito ferrenhas que apoiam o seu clube, incondicionalmente. 
São clubes de gente de raça e acabam por se reverem um no outro.

Como é que você vive entre e nos dois?
Eu no Boavista sinto-me muito bem. Estou aqui há muitos anos e isto é a minha família. Eu reparo que no Vitória compreendem muito bem a minha ligação aqui. Eu afirmo, têm que compreender eu acima de tudo, sou Português. 
No Vitória junto a mim, ninguém critica o Boavista e aqui no Bessa fazem o mesmo. 
Têm que compreender, porque ao fim e ao cabo eu sou dos dois.
Entrevista de
 Manuel Pina

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

ENTREVISTA COM RAQUEL MOREIRA - TETRACAMPEÃ NACIONAL DE KICKBOXING

SINTO-ME UMA PANTERA E TENHO MUITO ORGULHO NISSO
 
Raquel Moreira apenas com vinte e um anos de idade, sagrou-se recentemente tetracampeã nacional de Kickboxing ao serviço do Boavista F.C.. Sente-se uma pantera e diz que só o Kickboxing lhe pode dar esta emoção.
Para além da prática desta modalidade o que faz a tetracampeã Nacional de Kickboxing, Raquel Moreira?
Trabalho na empresa Toyota Portugal na função de Gestora de Marketing Digital.
Mas nos últimos tempos estiveste a viver fora de Portugal?
Sim, estive a concluir a minha licenciatura.
Quando te iniciaste na modalidade e em que clube?
Iniciei a minha actividade de Kickboxing no Maia e há cinco anos ingressei no Boavista logo quando o Clube se inscreveu nesta modalidade. Assim, estou ao serviço do Boavista vai para quatro anos.
Como nasceu o gosto pelo Kickboxing?
É um pouco difícil de explicar. Todos nós temos as nossas paixões, não é verdade? Experimentei ainda outros desportos mas considero que me encontrei no Kickboxing. Considero que é uma actividade desportiva que puxa verdadeiramente por mim e que transmite a adrenalina que necessito.
Este ano sagraste-te Campeã Nacional, somando quatro títulos consecutivos. Não tens adversárias em Portugal ou és um caso invulgar na modalidade?
Não, tenho adversárias muito boas. A minha carreira desportiva não é constituída só de vitórias, também já tive derrotas e aprendi muito com elas. Tenho muito orgulho nos títulos que conquistei e vou continuar a treinar para alcançar outros no futuro.
Tens algum título internacional?
Internacionalmente ainda não competi por algum título mas penso fazê-lo ainda neste ano de 2017.
Logicamente uma tetracampeã, sonha chegar à selecção nacional. Como se processa todo esse percurso a nível oficial?
A federação nacional de Muay Thai onde o Boavista está inscrito, tem várias competições. Existem provas a nível regional e outras a nível nacional. Para além destas provas, existe a Taça de Portugal, várias Galas e outros eventos, que geram títulos e que permitem uma observação constante dos atletas. Os responsáveis por essas observações acabam por realizar as convocatórias.
Que títulos tens a outro nível?
Com os títulos nacionais conquistados, os outros perdem certa relevância.
Que objectivos tens para o futuro?
O meu grande sonho e objectivo é participar num campeonato do mundo.
Esta dedicação pode ser no futuro substituído por outro prazer pessoal?
Não. O Kickboxing é uma paixão que já faz parte de mim, por isso, no futuro terei que conciliar tudo o que aparecer, mas o Kickboxing continuará sempre presente na minha vida.
Tenho presenciado muito treinos, que são de uma intensidade enorme. É um complemento emocional?
É exigente, não só a nível físico como psicológico. Obviamente que esta intensidade provoca mudanças comportamentais. Eu sinto-me muito mais calma do que anteriormente, porque este desporto alivia muito o stress que o dia a dia nos provoca.
Quanto tempo treinas por semana?
Treino todos os dias, cerca de hora e meia por dia.
Quatro anos, quatro vezes campeã nacional. Este título foi o mais difícil?
Todos títulos têm vindo a ser sempre mais difíceis. Com a mudança de escalões as coisas vão sendo mais complicadas.
Mas ganhas sempre. Como é?

Subo de escalão e vou evoluindo. Tenho acompanhado a evolução normal das exigências que os  novos escalões implicam … evoluindo!
Em que escalão participas?
Em “KO”.
Quatro anos no clube, como te sentes?
O “bichinho” do clube vai crescendo dentro de nós. Cheguei cá, senti a grandeza do Boavista  e sinto enorme orgulho em representar este clube. Após quatro anos sinto-me pertencente ao Boavista, e sou sem dúvida alguma uma Pantera e tenho muito orgulho nisso.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

INÊS ROSMANINHO, UMA ATLETA DE QUINZE ANOS DE IDADE E NOVE ANOS DE CLUBE

Inês Rosmaninho, ginasta da classe de Ginástica Artística, é a nossa entrevistada de hoje. 


Vamos identificar a atleta, qual o teu nome e idade?
Chamo-me, Inês Rosmaninho, tenho quinze anos, quase a fazer dezasseis e estudo na Clara de Resende, no décimo ano.
Fazes parte de “terrores” da Clara, que frequentam os nossos ginásios de manhã?
Até agora, não. Mas vou passar a vir a partir deste período.
Quando começaste a prática de ginástica?
Desde os seis anos, assim ando cá, há nove anos.
Sempre no Boavista?
Sim, sempre no Boavista. Já sou da casa. Comecei quase no início da ginástica no Clube.

Como nasceu essa opção?
Tinha amigos dos meus pais que tinham cá os filhos. Os meus pais perguntaram-me se eu queria vir. Respondi que sim, como qualquer menina de seis anos responderia, mas a verdade é que gostei e fiquei.
Sendo uma modalidade que exige muito de vós, com treinos constante e intensos, com é que uma jovem de quinze anos, conseguem conciliar, com a restante actividade da vida?
Tenho que me organizar nos tempos que não tenho aulas e aproveito para estudar. No fim da tarde, tenho treinos, cerca de três horas diariamente.
Com tantos anos de Boavista, notas alguma diferença dos teus anos iniciais?
Claramente. A aposta tem sido sempre progressiva, mas principalmente, desde o ano passado as alterações são muito grandes. Temos treinadores novos, começamos a treinar mais dias e mais horas, daí que a evolução se note em todas.
Queres realçar algum resultado conseguido?
No ano passado, ficamos em segundo lugar por equipas. Individualmente fiquei em primeiro nos saltos de cavalo.
Qual o aparelho que mais gostas?
Salto de Cavalo.
E o que gostas menos?

A Trave. Penso que é o aparelho mais difícil de todos.
Desportivamente, que objectivos tens para o futuro?
Nunca pensei muito nisso, em termos de objectivos. Quero continuar como até aqui. Treinar, sentir prazer pela prática da modalidade e conviver com as amigas. No resto, ainda nem pensei.